Blog

Welton Marden participa de debate sobre Reforma Trabalhista e Previdenciária promovido pelo SintsepGO

No último dia 6 de março, o Sintsep-GO promoveu, na sede da Procuradoria da Fazenda Nacional em Goiás, um debate sobre a reforma trabalhista e a tentativa de reforma previdenciária, ambas executadas pelo governo golpista do presidente ilegítimo Michel Temer. Foram debatedores o advogado Welton Marden e o professor doutor em História da UFG, Davi Maciel. Ambos ressaltaram a gravidade do momento para os trabalhadores brasileiros e observaram que “a mobilização é fundamental não somente para conter o avanço dessas políticas, mas para reverter aquilo que já foi feito e que lesou os direitos da classe trabalhadora”.

Para Marden, é preciso combater a imensa mentira que é defendida pelo governo e pela mídia – que compra o discurso – de que é preciso reformar a previdência. “Não temos falta de recursos, temos transferência de renda, um Robin Hood às avessas, tirando dos mais pobres e dos trabalhadores para desonerar banqueiros, empresários e especuladores”, denunciou.

De acordo com o professor Davi Maciel, o contexto histórico que levou à criação das leis e direitos trabalhistas não foi algo que “caiu do céu graças a Getúlio Vargas, mas foi algo construído com mobilização e luta. A normatização do salário mínimo, àquela época, inclusive diminuiu o quantitativo que se pagava ao trabalhador, ficando congelado por muito tempo. Somente depois, com João Goulart à frente do Ministério do Trabalho, em 1953, o salário mínimo teve valorização de 100%. Juscelino deu continuidade à essa valorização, que foi quebrada pelos regimes militares. Apenas recentemente, nos governos do PT, voltou a ser recuperada uma pequena parte do poder aquisitivo do salário mínimo – o que se acabou após o golpe”, destacou.

Para a diretora de formação sindical, Márcia Jorge, momentos como esse são fundamentais para que a base do Sintsep-GO compreenda quão decisivo é o papel dos trabalhadores em meio a esta conjuntura. “Precisamos nos organizar cada vez mais, entender quais são os objetivos destas políticas para que, por meio de movimentos organizados, trabalhemos para reverter essa situação”, avaliou.

Compartilhe este conteúdo

Compartilhe este conteúdo